fatalismo
Hoje aconteceu o que eu temia: tudo o que não dependia de mim deu errado. A máxima de mil anos continua valendo: Se quiser algo bem feito, faça VOCÊ mesmo. Até porque se der errado, você tem apenas você mesmo pra culpar, e não o resto do mundo.
Tô cansada de conversar, sabe, ou de tentar conversar. A cada dia que passa me sinto mais burra, porque não tenho com quem conversar e assim, vou esquecendo de tudo o que eu sei. Ontem tentei falar sobre as paranóias do Van Gogh, os movimentos de vanguarda do século XX e até mesmo sobre os barracos entre o Carlos Miele e a galera do SPFW. Não tive feedback. Cheguei a péssima conclusão de que toda forma de conhecimento que possuo é inútil, e que preciso me adaptar melhor à minha idade. Vou deixar a cultura pra quando eu tiver 50. Até lá é impossível eu não encontrar um ou dois cristãos que já tenham lido Érico Veríssimo ou Dostoiévski.
Nessas horas de decepção eu tenho vontade de vagar, de atravessar a rua e ver o mar, de me perder em cada canto da memória e revisar todo o passado que meu inconsciente fez questão de esquecer. E quem sabe assim eu consiga compreender melhor alguns eventos passados e superar coisas que não consigo perdoar por completo. Porque é humanamente impossível esquecer, mesmo depois do perdão. Sempre fica um resquício de mágoa, um pouquinho de orgulho ferido, e são eles os piores venenos, o suicídio que a gente comete em pequenas doses diárias ao remoer um passado que não ficou pra trás de verdade.
É que eu não tenho o talento pra esquecer. Pra mentir eu até tenho, enganar também é comigo, mas esquecer é complicado. Porque vai contra a nossa própria criação: o ser humano não é criado pra viver, e sim pra rever o passado continuamente, over and over again. Porque que 70% de tudo o que se cria no mundo é releitura, e não novidade? Porque somos indivíduos beta com a preparação mínima pra aceitar o novo. Uma corzinha diferente a gente aceita, uma estampinha mais trabalhada também... agora achar bonito homem de saia? Ninguém acha. E é natural, assim como no século XIX uma mulher usar calça era uma coisa completamente descabida.
E eu já mudei de assunto de novo, né? É que preciso desabafar, e sinceramente, não aguento mais meus amigos imaginários. Converso tanto com eles que esse blog serve pra dar uma folguinha e melhorar o humor dos pobrezinhos.
Agora, se meu nervosismo permitir, vou dar uma dormidinha. E depois começa a batalha de vestuário.. MEU DESFILE É 5ª FEIRA, TÔ APAVORADA! E SE EU FOR UMA NEGAÇÃO?!
Não importa. Vou dormir pra aliviar os ânimos e relaxar as tensões. E horas de sono, pra uma pessoa de 19 anos, nunca são suficientes.
Então é isso. Não sei me despedir, então acho que um tchau cumpre bem a função fática.. TCHAU! hihi
Tô cansada de conversar, sabe, ou de tentar conversar. A cada dia que passa me sinto mais burra, porque não tenho com quem conversar e assim, vou esquecendo de tudo o que eu sei. Ontem tentei falar sobre as paranóias do Van Gogh, os movimentos de vanguarda do século XX e até mesmo sobre os barracos entre o Carlos Miele e a galera do SPFW. Não tive feedback. Cheguei a péssima conclusão de que toda forma de conhecimento que possuo é inútil, e que preciso me adaptar melhor à minha idade. Vou deixar a cultura pra quando eu tiver 50. Até lá é impossível eu não encontrar um ou dois cristãos que já tenham lido Érico Veríssimo ou Dostoiévski.
Nessas horas de decepção eu tenho vontade de vagar, de atravessar a rua e ver o mar, de me perder em cada canto da memória e revisar todo o passado que meu inconsciente fez questão de esquecer. E quem sabe assim eu consiga compreender melhor alguns eventos passados e superar coisas que não consigo perdoar por completo. Porque é humanamente impossível esquecer, mesmo depois do perdão. Sempre fica um resquício de mágoa, um pouquinho de orgulho ferido, e são eles os piores venenos, o suicídio que a gente comete em pequenas doses diárias ao remoer um passado que não ficou pra trás de verdade.
É que eu não tenho o talento pra esquecer. Pra mentir eu até tenho, enganar também é comigo, mas esquecer é complicado. Porque vai contra a nossa própria criação: o ser humano não é criado pra viver, e sim pra rever o passado continuamente, over and over again. Porque que 70% de tudo o que se cria no mundo é releitura, e não novidade? Porque somos indivíduos beta com a preparação mínima pra aceitar o novo. Uma corzinha diferente a gente aceita, uma estampinha mais trabalhada também... agora achar bonito homem de saia? Ninguém acha. E é natural, assim como no século XIX uma mulher usar calça era uma coisa completamente descabida.
E eu já mudei de assunto de novo, né? É que preciso desabafar, e sinceramente, não aguento mais meus amigos imaginários. Converso tanto com eles que esse blog serve pra dar uma folguinha e melhorar o humor dos pobrezinhos.
Agora, se meu nervosismo permitir, vou dar uma dormidinha. E depois começa a batalha de vestuário.. MEU DESFILE É 5ª FEIRA, TÔ APAVORADA! E SE EU FOR UMA NEGAÇÃO?!
Não importa. Vou dormir pra aliviar os ânimos e relaxar as tensões. E horas de sono, pra uma pessoa de 19 anos, nunca são suficientes.
Então é isso. Não sei me despedir, então acho que um tchau cumpre bem a função fática.. TCHAU! hihi
2 comentários:
"...o ser humano não é criado pra viver, e sim pra rever o passado continuamente..."
queria saber escrever como tu escreve, ter essa 'sede de saber'... sabe?
não.. não é inveja. admiro isso em ti, e acho que já te disse isso quando tive oportunidade.
um dia quando o meu botão de escrever-tudo-o-que-eu-penso destravar... quem sabe... rs
não tem como negar que tu, menina, vai longe! sorte e sucesso no desfile.
=**
Bom você não tem culpa de ser tão inteligente e saber conversar sobre coisas interessantes não é?
Eu queria saber falar como você, e como disse a moça acima escrever também.
Faz tempo que eu estava querendo fazer um blog, ai eu vi o seu e me motivei, vamos ver se dura.
beijos!
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