Muita gente já me disse que sou estranha. Às vezes eu penso nisso, o que há de tão estranho em alguém como eu? Talvez muitas pessoas também se sintam assim, meio isoladas, e não saibam bem o porquê. O meu caso é mais fácil de entender: sofri demais e agora resolvi não sofrer mais.

Não, não estou falando do clichê amoroso (se bem que ele também se enquadra aqui), e sim dessa necessidade injustificada que o ser humano tem de querer agradar a todos. Eu já fui assim, já dividi meu rosto em duas partes e gritei de ódio por dentro, enquanto minha boca simplesmente sorria. Pra quem pensa que as pernas são o único meio de escape do ser humano, eu aconselho a enxergar melhor os olhos. Porque quem via meus olhos conseguia perceber que minha única vontade era escapar. E um dia escapei mesmo.

E a partir do momento em que decidi ser sincera comigo mesma e parar de querer agradar, me senti mais segura e realizada. É claro que, como tudo na vida tem seus prós e contras, muita gente se afastou de mim. Enquanto eu era a Anyelle pau pra toda obra, aquela que preferia amputar o braço à dizer "não", eu tinha zilhões de "amigos". Agora eu tenho menos de 10, mas todos verdadeiros. Pra quem prefere qualidade, esse é o caminho.

E é engraçado, porque depois que conquistei minha "independência", essas pessoas que são como eu era, me deixam APAVORADA. Sabe o que me dá medo? Gente abnegada demais, empolgada demais, expansiva demais. Gente que tá sempre bem, que se veste de sorrisos e fica cantando louvores às belezas naturais, agradecendo a Deus, Buda e Alá pelas dádivas prodigalizadas pela Mãe Terra ao nosso estado. Eu entro em pânico com gente que é boazinha demais, virtuosa demais e faz da vida uma coisa cor de rosa. E não é porque eu não goste da natureza, da vida ou das pessoas, e sim porque eu acredito em equilíbrio. E estar sempre de bem com o mundo é no mínimo estranho. É claro que existem pessoas com aquele super alto astral que conseguem deixar todo mundo bem, mas essas são pouquíssimas (pelo menos eu só conheço duas). Tudo que é exageradamente feliz é forçado, ou eu realmente perdi completamente a fé no mundo.

Ando muito traumatizada com gente expansiva, acho que é por isso que fui tão massante. Enfim, a única coisa que me apavora mais do que isso é pseudo-intelectual. Mas isso fica pra outra oportunidade...

Beijos e gente, pra quem mora em Balneário Camboriú, vai rolar uma SUPEEEEEEER festa de Moda no Djunn, com ninguém menos que o Fabrício Peçanha. Quem estiver afim, tenho alguns convites.

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1 comentários:

Unknown disse...

mas todos somos muito estranhos, cada um mais que outros, "o que não é o seu caso" tá. ;P é, essa é uma forma boa de se pensar, tudo tem um equilibrio e tal, mas acho que algumas pessoas mesmo que esteja acontecendo só contras, assim mesmo elas mantem a aparencia demonstram estar sempre de bem com a vida. mas alguma coisa de errado, suspeitando-se de qualquer coisa acontece com ela, agente só não vê isso, talvez por ela mesmo esconder ou sei la. e claro tem pessoas que podem estar fudidos mesmo, muito mais que você, eu ou ele e ainda assim vai fazer de tudo pra que o próximo se sinta bem. e deixa as pessoas serem boazinhas poxa, tu não quer mais que eu seja bonzinho contigo? agora vou ser mau, um menino beem mau. eheheeh.. mas olha só uma coisa eu tenho certeza, tu não me escapou, e não me escapa! beijão minha vida! ;@@ .. ;D